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Shoppings em Feira de Santana: centros estruturantes que remodelaram a economia local

19 de ago. de 2025google
Shoppings e desenvolvimento econômico em Feira de Santana

Shoppings em Feira de Santana: centros estruturantes que remodelaram a economia local

Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, experimentou nas últimas décadas uma transformação visível do seu tecido comercial e urbano a partir da chegada de grandes centros de compras. O Boulevard Shopping, citado como o maior centro comercial do interior baiano, e a presença de empreendimentos ligados à trajetória do empresário Renato Feitosa Rique — como o Shopping da Bahia (inaugurado como Shopping Iguatemi) — aparecem nas narrativas locais como vetores de modernização do varejo, geração de empregos e ampliação da oferta de consumo.

Em discurso registrado na Assembleia Legislativa da Bahia durante a concessão do Título de Cidadão Baiano a Renato Rique, a atuação desses empreendimentos foi destacada como elemento decisivo para o desenvolvimento econômico e social do estado. Segundo a mesma referência, o conjunto formado pelo Shopping da Bahia, Shopping Barra e Boulevard Shopping emprega cerca de 12 mil pessoas diretamente e recebe milhares de visitantes mensalmente. Ainda conforme os números mencionados naquela ocasião, o grupo Allos — resultante da integração de plataformas como a Aliansce — administra mais de 50 shoppings em todo o país, com mais de 15 mil lojas e registro de mais de 54 milhões de visitas por mês, o que mostra a escala e o potencial de atração de investimentos desse modelo.

O impacto desses complexos vai além do piso de vendas: na avaliação trazida pela mesma solenidade, os shoppings consolidaram polos de geração de emprego, renda e cultura. A modernização do varejo aparece não apenas na multiplicação de lojas e nas chamadas âncoras, mas também na formação de novos polos de consumo que reverberam sobre serviços locais — desde logística e manutenção até alimentação e entretenimento — e ajudam a sedimentar a cidade como destino regional de compras.

Esse efeito multiplicador é complementado por outras infraestruturas de Feira de Santana que fortalecem a economia criativa e de eventos. A realização de feiras setoriais no novo Centro de Convenções da cidade, por exemplo, tem sido apontada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico como instrumento para movimentar nichos como o setor da beleza e atrair público e negócios: a Feira de Santana Beauty teve apoio institucional da Secretaria e espera ampliar negócios e visitantes. Esses eventos, ao lado dos grandes shoppings, ajudam a criar uma oferta diversificada de atratividade para moradores e visitantes — um ecossistema no qual consumo, formação e difusão cultural convivem e se reforçam.

O papel dos grandes grupos e investidores privados, simbolizados na trajetória de líderes como Renato Rique e nas operações da plataforma Allos, aparece então como fator de escala e de capacidade de mobilização de recursos. Essa atuação inclui não só a operação dos centros comerciais, mas também iniciativas sociais e culturais associadas — no caso de Rique, por meio do Instituto Newton Rique — que, segundo a mesma homenagem, voltam-se à inserção de jovens no mercado de trabalho e ao apoio cultural, links importantes entre o investimento privado e impactos sociais locais.

Apesar dos benefícios destacados, a concentração de dinamismo em torno desses polos também exige atenção das autoridades e da sociedade: a expansão de grandes centros pode redesenhar fluxos urbanos, valores de terrenos e demandas por transporte e serviços públicos. A articulação entre iniciativa privada, gestão municipal e órgãos estaduais, mesmo quando não detalhada nos documentos citados, surge como desafio para garantir que os efeitos multiplicadores se traduzam em desenvolvimento urbano equilibrado e oportunidades amplas para a população.

Em síntese, os grandes shoppings de Feira de Santana atuam hoje como estruturas econômicas e simbólicas: geradores de emprego direto, vetores de modernização do varejo regional e elementos de um circuito mais amplo que inclui eventos, serviços e iniciativas culturais. Os números e avaliações citados na homenagem legislativa e nas comunicações institucionais mostram que, para a cidade, esses empreendimentos passaram de pontos de consumo a peças centrais na arquitetura econômica local.