Investigação técnico-operacional sobre incêndio no Central Supermercados, Nova Monte Verde
Relatos e imagens reunidos por equipes de reportagem indicam que o incêndio que atingiu o Central Supermercados, em Nova Monte Verde, teve início em uma área superior do prédio e começou próximo a uma caixa de transmissão de energia vinculada a placas solares. A informação sobre a origem próxima à caixa de transmissão foi registrada nas primeiras apurações citadas pelo Corpo de Bombeiros de Alta Floresta e em reportagens locais.
Fontes locais e vídeos também mostram que o fogo se espalhou rapidamente pelo interior do estabelecimento e houve explosões durante o evento. Equipes que cobriram o caso atribuem parte da intensidade das chamas à presença de fogos de artifício e munições guardados no local, materiais que, segundo os relatos, contribuíram para a propagação e para os estouros registrados durante o combate.
O combate inicial foi realizado pela Brigada Municipal Mista, que, ao avistar a grande coluna de fumaça, iniciou a primeira resposta com apoio de um caminhão-pipa. Em seguida, o Corpo de Bombeiros Militar de Alta Floresta deslocou equipes e equipamentos complementares — incluindo o envio identificado nas reportagens como AR e AT — e informou que conteve as chamas em menos de duas horas, permanecendo no local para contenção e rescaldo. As reportagens também registraram que não houve vítimas.
Do ponto de vista técnico, os elementos reunidos — início próximo a componente elétrico associado a geração fotovoltaica, presença de materiais pirotécnicos e munições no estoque, e imagens de explosões — apontam para um cenário com múltiplos fatores de risco que se somaram para agravar o sinistro. As matérias consultadas não trazem, porém, detalhes sobre eventuais laudos iniciais, registros de manutenção elétrica, atestados de conformidade das instalações fotovoltaicas ou autorizações para guarda de fogos e munições no estabelecimento.
Esse conjunto de lacunas forma o núcleo das questões que a investigação técnica deve esclarecer: se a caixa de transmissão e a conexão com os painéis solares apresentavam vícios de instalação, sobrecarga ou curto-circuito; em que condições os fogos de artifício e as munições estavam estocados (quantidade, embalagem, separação de áreas e condições de ventilação); e se havia inspeções ou autorizações municipais e bombeiros que regularizassem essas práticas no supermercado. As reportagens ressaltam a necessidade de apuração das causas e da sequência precisa de eventos que levaram às explosões.
Além das apurações de origem e propagação, os relatos do incidente destacam pontos operacionais relevantes para prevenção: a importância da pronta resposta local (representada pela brigada municipal) até a chegada de recursos especializados, a necessidade de avaliação da compatibilidade entre instalações elétricas e sistemas fotovoltaicos em prédios comerciais e a atenção ao risco representado por estoques de produtos pirotécnicos e munições em ambientes de varejo.
Até o momento, as informações públicas sobre o caso vêm principalmente do Corpo de Bombeiros de Alta Floresta e de reportagens locais que documentaram imagens do fogo e do combate. As matérias consultadas não apresentam ainda parecer técnico definitivo; por isso, fontes oficiais — em especial o Corpo de Bombeiros e a fiscalização municipal — são apontadas nas reportagens como referência para os resultados da investigação.
O episódio em Nova Monte Verde esclarece, conforme os relatos disponíveis, que a combinação de uma origem próxima a equipamento elétrico associado a painéis solares e a presença de materiais explosivos em estoque pode resultar em rápida evolução do incêndio e em obstáculos operacionais para o combate. A investigação técnica que se seguir deverá confirmar causas, responsabilidades e eventuais necessidades de ajuste nas práticas de armazenamento e nas rotinas de inspeção e manutenção das instalações elétricas.